Impensável, improvável, realidade! A chapa Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin, ex-tucano, foi confirmada, na manhã de sexta-feira, com a presença do ex-presidente e do ex-governador paulista, além dos dois dirigentes máximos de PT e PSB, Gleisi Hoffmann e Carlos Siqueira, respectivamente.
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Foto: Ricardo Stuckert (Divulgação)/
Chapa de Lula e Alckmin ao Palácio do Planalto foi anunciada na manhã de sexta-feira
A foto sorridente e já com pose se candidatos de Lula e Alckmin era, para o imaginário de muitos, inviável, justamente, por terem projetos bem diferentes e, principalmente, pelas críticas duras que trocaram, nas eleições presidenciais em que foram rivais. O petista e o agora socialista se enfrentaram na disputa presidencial de 2006, quando Alckmin concorreu pelo PSDB, tradicional adversário do PT. Lula venceu o pleito.
- É plenamente possível duas forças com projetos diferentes, mas com princípios iguais, se juntarem em um momento de necessidade do povo - afirmou Lula, sobre a aliança. Acrescentou que o Brasil "era feliz" quando a polarização se dava entre PT e PSDB, já que, atualmente, não há uma polarização civilizada."
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Chamado de "companheiro" pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, Alckmin se mostrou à vontade no ato e destacou que "o momento grave" do país exige a união de esforços para "a reconstrução do Brasil."
- Na realidade, não é hora de egoísmo, é hora de generosidade e de grandeza política, de desprendimento e de união. Política não é uma arte solitária - afirmou Alckmin.
E os petistas que torcem o nariz para o ex-tucano, o que farão diante do cenário posto? Lula os dobrará.
Em tempo: essa chapa tem, pelo menos, dois cabos eleitorais: o presidente Jair Bolsonaro (PL), especialmente, pelos seus rompantes e de seus aliados contra a democracia, e o ex-governador João Doria, que, praticamente, empurrou Alckmin para fora do PSDB com seu apetite voraz e dominador, barrando o ex-tucano de concorrer ao comando de São Paulo neste ano.